Aprendendo a coletar de forma correta

Exames de Hematologia e Bioquímica sanguínea podem ser executados perfeitamente com sangue venoso. O local indicado para a colheita de sangue nos caninos e felinos são as veias jugulares, cefálicas ou sanefas laterais.

Técnicas de punção:

1) sempre que necessário, depilar a região e realizar anti-sepsia local;
2) fazer o garrote ou fazer pressão com o dedo sobre o vaso sanguíneo a ser puncionado. O garrote não deve ultrapassar 01 (um) minuto;
3) introduzir a agulha na pele e, em seguida, executar um golpe rápido na agulha para que haja perfuração no vaso;
4) retirar o garrote e aspirar o sangue desejado;
5) retirar a agulha e pressionar a região puncionada com algodão embebido em álcool iodado;
6) retirar a agulha da seringa e despejar o sangue lentamente sobre a parede do tubo de coleta.

Para a Pesquisa de Hemoparasitas como Babesia, Erlichia, Mycoplasma, Anaplasma, dentre outros, deve-se realizar uma coleta de sangue periférico, ou seja, da ponta da orelha ou da ponta da cauda animal com a utilização de um kit especial para microcoleta.

Importante, nunca usar recipiente diferente dos padronizados. Evite enviar amostra biológica dentro de seringas.

Preparo do paciente:


Outro fator importante, principalmente do que tange à interpretação do resultado obtido pela análise, diz respeito ao preparo do paciente para a obtenção da amostra. O jejum é o procedimento mais importante. Jejum para exames de laboratório significa que o animal deveria ficar sem ingerir alimentos de qualquer tipo durante um número de horas determinado.

É permitida a ingestão de água e de medicamentos de uso contínuo, desde que o laboratório não especifique o contrário.
a) jejum de 12 horas para os exames: colesterol fracionado, HDL Colesterol, Lipoproteína, perfil Lipídico, testes de Tolerância à Glicose, Triglicerídeos.
b) jejum obrigatório de 08 horas para os exames: ácido fólico, ácido úrico, amilase, aminoácidos, antitrombina III, cálcio, calcitonina, Catecolaminas, ferro e capacidade de ligação, fosfatases, fósforo, GGT, glicose em jejum, HGH - hormônio do crescimento, insulina, paratormônio, prolactina, proteína C, proteína S, Transferrina, VDRL.
c) jejum desejável de 08 horas para os exames: creatinina, exames sorológicos e de coagulação (tempo de protombina e tempo de tromboplastina parcial ativada) em geral.

Conservação:

O frio de geladeira (cerca de 08 a 10ºC) conservará bem a amostra biológica sanguínea por um período de cerca de 24 a 72 horas. Mas é importante lembrar que não se deve congelar a amostra biológica sanguínea. O congelamento destrói os elementos celulares. 

Fonte: tecsa diagnósticos pet


Câncer em cães

O câncer é a proliferação desordenada de células de qualquer tecido do organismo. Esse crescimento desordenado causará danos ao funcionamento dos órgãos comprometidos e, consequentemente, com o avanço da doença, a morte do indivíduo.


O grande problema do câncer é que ele não aparece em apenas um órgão, pode ocorrer metástase, ou seja, uma célula do tecido ou órgão doente vai se instalar e multiplicar em outros órgãos, através da corrente sangüínea. O local mais comum e que é afetado pela maioria dos tipos de câncer é o pulmão. Daí a importância de se fazer um raio X pulmonar para verificar-se se esse órgão vital já está afetado quando da detecção de qualquer tipo de câncer. A extensão da doença e o tempo de vida que o animal terá vai se basear muito nesse dado.
O câncer é uma doença temida e sinônimo de morte para alguns. Nem sempre isso é verdade. Se conseguirmos detectar a doença em fases iniciais, o animal poderá ser tratado e o tumor retirado cirurgicamente antes que ocorra a metástase. Há chances de prolongamento da vida do animal nesses casos, porém, mesmo com esses procedimentos, a metástase pode já ter ocorrido, mas ainda não estar evidente e vir a se manifestar mais tarde.

Nem todo tumor é câncer. Os tumores benignos, porém, quando começam a crescer rapidamente devem ser retirados pois podem tornar-se malignos.

Os sinais clínicos de um animal com câncer varia muito com o tipo de tumor. No caso do oesteossarcoma (tumor ósseo), por exemplo, a fratura de um osso pode estar ligada ao tumor, uma vez que há destruição da estrutura óssea . Os linfomas (tumor nos gânglios), na sua forma mais comum, revelam aumento de um ou mais gânglios. Apesar das várias manifestações que o animal possa ter, muitas vezes, o cão com câncer apresenta apenas perda de peso antes que sinais mais graves apareçam.

O diagnóstico do câncer é feito através da retirada e análise da massa tumoral (biópsia), exames de raio X, ultra-sonografia e exames de sangue.

Em termos de tratamento, dependendo do tipo de tumor e do estágio da sua evolução, ele pode ser cirúrgico e/ou medicamentoso. A quimioterapia é usada em cães em alguns tipos de câncer, mas essas drogas, além de matarem as células tumorais, deprimem a medula óssea causando efeitos indesejáveis. A radioterapia é usada também em animais, mas ainda não está disponível em nosso país. Num tratamento de quimioterapia, o animal tem que ser monitorado com exames de sangue semanais para se verificar qual está sendo a ação da droga no organismo e se o tratamento pode ser continuado. Todo esse monitoramento, associado aos medicamentos, dietas especiais, etc., tornam o tratamento bastante oneroso. Durante o tratamento não há queda de pêlos em animais com pelagem curta, podendo isso ocorrer em pequena proporção em cães de pêlos longos.

Não há predileção de sexo, mas algumas raças são mais acometidas que as outras. Geralmente, o câncer aparece em animais mais velhos. Ainda não se sabe se algum fator genético está envolvido, nem as razões pelas quais se dá o início da multiplicação desordenada das células. Também não há meios de se prevenir o câncer em animais. Um diagnóstico precoce, que nem sempre é possível, é a única maneira de se enfrentar o câncer com possibilidades de prolongamento da vida do animal e, em algumas vezes, a cura.

Fonte: saúdeanimal.com.br

Ultrassonografia


A ultrassonografia veterinária é utilizada há cerca de 10 anos. Muitas vezes é o exame de primeira escolha do clínico, já que nos dá uma visão geral de todos os órgão internos do animal, além de ser um método não invasivo e totalmente seguro.

Algumas recomendação devem ser seguidas para realização de um bom exame ultrassonográfico:


* Jejum de 12 horas para diminuir a quantidade de alimento e gás em trato gastrointestinal;
* A ingestão de líquido deve ser estimulada, exceto leite, o que poderia aumentar a quantidade de gases;
* O paciente não deve urinar pelo menos 2 horas antes do exame, pois a bexiga repleta facilita o exame da própria bexiga urinária, como dos órgãos localizados na região hipogástrica e pelve.


Aplicações clínicas da Ultrassonografia:

FÍGADO E VIAS BILIARES: informações sobre as dimensões, margens, parênquima e vascularização, detectando aumento ou redução da área hepática, presença de cistos, alterações circulatórias congestivas, hepatite, esteatose, cirrose, neoplasias focais ou difusas. Presença de lama biliar, litíases, pólipos, colecistite, etc.


BAÇO: informações sobre dimensões, contornos, parênquima e vascularização, detectando alteração circulatória congestiva, toxemia, hematomas, cistos, neoplasia, etc.

RINS: informações obre simetria renal, forma, dimensões e principalmente arquitetura interna (diferenciando a região cortical, medular e pelve, e analisando a junção córtico-medular). As principais indicações são as suspeitas de neuropatas, hidronefrose, cistos, infartes, litíases, etc. Os ureteres somente serão visualizados nos casos de hidroureter e em alguns casos de ureter ectópico.

BEXIGA URINÁRIA: informações sobre sua forma, topografia, condições de parede e tipo de conteúdo, detectando cistites, litíases (de qualquer tamanho ou natureza), pólipos, neoplasias, etc.

PÂNCREAS: normalmente é difícil de ser visualizado, por ser um órgão difuso, sua ecogenicidade é semelhante a da gordura mesentérica, e sua topografia é muito próxima ao duodeno, mas seu exame é indicado nas suspeitas de pancreatite, obstrução biliar extra-hepática e neoplasias.

TRATO GASTROINTESTINAL: este exame pode ser útil para avaliar espessamentos de parede, motilidade intestinal, e na suspeita de processos obstrutivos, como a intussuscepção, cujos achados são patognomônicos, mas pode ser inútil em processos obstrutivos que causem dilatação generalizada das alças intestinais por conteúdo gasoso, não permitindo a passagem das ondas sonoras.

PRÓSTATA: informações sobre dimensões, lobos, contornos, parênquima, uretra prostática, detectando cistos, abcessos, hiperplasia/hipertrofia, prostatite, neoplasias, etc.

TESTÍCULOS: informações sobre simetria, contornos, arquitetura, parênquima, detectando processos inflamatórios, neoplasia, etc. Em animais criptorquídicos podemos ajudar na localização do testículo ectópico, mas este exame deve ser realizado em animais de pouca idade.

ADRENAIS: as indicações para a realização desse exame são as suspeitas de hiperadrenocorticismo e neoplasia.

LINFONODOS: normalmente não são visualizados, mas são identificados em casos de linfoadenomegalia por causas inflamatórias e neoplasia.

OVÁRIOS: informações de sua simetria, contornos, parênquima, presença ou não de cistos. Pelo ultra-som não podemos diferenciar cistos funcionais de cistos não funcionais. É um método diagnóstico útil após a realização de OSH, para verificar a formação de granulomas e abcessos na região dos pedículos ovarianos e coto uterino.

ÚTERO: informações sobre dimensões muco/hemo/piometra, hiperplasia endometrial cística, neoplasia e avaliar condições uterinas no puerpério.

GESTAÇÃO: é utilizada para detecção precoce à partir de 20 dias pós cobertura. A idade gestacional é avaliada através da maturação fetal e a vitalidade observada pela monitoração da freqüência cardíaca fetal. A contagem dos fetos pode ser realizada ao redor 28 - 30 dias de gestação, mas o número de fetos será sempre aproximado e quanto maior o número de fetos menor a chance de acerto. A reabsorção e a morte fetal (maceração e mumificação) também são visualizados.

ASCITE: Nos casos de presença de líquido abdominal livre a ultrassonografia, ao contrário da radiologia, evidencia a definição de imagem dos órgãos.

Fonte: dognostic.com.br

Anemia Infecciosa Equinia

Esta doença, também conhecida como "febre dos pântanos", é produzida por um vírus. É mais freqüente em terrenos baixos e mal drenados ou em zonas úmidas muito florestadas.
Apresenta-se em várias formas clínicas e é disseminada em todo o mundo.

Os estudos iniciais desta doença foram realizados na França em 184. Em 1859 foi constatado pelo pesquisador Anginiard o caráter contagioso da doença, sendo que a primeira demonstração de doença virótica foi feita em 1904/1907. No Brasil, a primeira descrição desta doença verificou-se em 1968.

Os animais ficam suscetíveis à enfermidade quando têm resistência orgânica diminuída por um trabalho excessivo, calor intenso, alimentação inadequada e infestação por vermes.

A doença tende a apresentar-se sob forma enzoótica em fazendas ou áreas, não havendo disseminação fácil e rápida, nunca se observando, segundo Scott, contágio de animal para animal.

Observação feita por Fulton, que injetou água de charcos na veia de eqüinos reproduzindo a AIE, veio confirmar a teoria de Lohr, isto é, de que a infecção natural advém da ingestão, pelos insetos transmissores, de água ou alimentos contaminados sendo que o vírus está presente no sangue, saliva, urina, leite, etc.

Os surtos aparecem quando é introduzido na manada um animal infectado ou portador. Casos crônicos podem existir em qualquer época do ano e, são mais suscetíveis os animais desnutridos, débeis e parasitados.

 
TRANSMISSÃO

É feita principalmente por insetos sugadores (moscas e mosquitos). Já foram também comprovadas as transmissões congênitas (placentária), pelo leite (aleitamento), pelo sêmen (acasalamento) e pelo soro-imune.

As mucosas nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus.

O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não-habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se portados permanente.

SINTOMAS

Há uma forma aguda e outra crônica. Todavia o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma. A forma aguda é assim caracterizada:

a) febre que chega a 40,6ºC;
b) respiração rápida;
c) abatimento e cabeça baixa;
d) debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro;
e) deslocamento dos pés posteriores para diante;
f) inapetência e perda de peso.

Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crônica.

Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de algumas semanas. Com ataques há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia.

A doença pode acometer eqüídeos (burros, zebra, etc.), de qualquer raça, sexo e idade. A transmissão também pode ocorrer através de agulha usada. Todo proprietário deve fazer duas vezes por ano o exame e comunicar à Casa da Agricultura.

Qualquer eqüídeo, para ser transportado precisa ter atestado de anemia eqüídeo infecciosa negativa.

PROFILAXIA

Combate aos insetos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem nos pastos alagados e fiscalização das aguadas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada; não introdução de animais infectados na fazenda; uso de agulhas hipodérmicas e instrumentos cirúrgicos só depois de bem esterilizados.



TRATAMENTO

Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins positivo deve ser sacrificado.

CONTROLE

Existem alguma medidas que os proprietários podem tomar para o controle da situação como: Isolar os animais com sintomas suspeitos (fazer o Teste de Coggins); Retestar periodicamente todos os animais; Evitar a entrada na fazenda de animais vindos de zonas enzoóticas sem os testes negativos recentes de imunodifusão; Drenar as zonas pantanosas e controlar os insetos transmissores; Todo material usado nos animais (para cirurgia, tatuagem, injeções, abre-bocas etc) deve ser esterilizado por fervura por mais de 30 minutos; A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios.

Fonte: saúdeanimal.com.br
Graves perdas são causadas nas áreas endêmicas, podendo desaparecer a mortalidade com o passar do tempo.

Hemograma

O hemograma é um exame feito usando a coleta de sangue com a finalidade de avaliar quantitativa e qualitativamente os componentes celulares do sangue. Os itens avaliados incluem: hemácias, hemoglobina, hematócrito, índices hematimétricos, leucócitos totais, contagem diferencial de leucócitos, plaquetas, exame microscópico de esfregaço de sangue corado e contagem de reticulócitos no caso de anemias.

A análise quantitativa das hemácias, leucócitos totais, plaquetas e a avaliação dos índices hematimétricos são hoje realizados por meio de equipamentos automatizados, especificamente veterinários que combinam diferentes métodos de avaliação de alta tecnologia e precisão à capacidade de análise das diferentes espécies animais, permitindo resultados mais precisos.

A utilização desses equipamentos permite também a avaliação de índices hematológicos e a visualização em histogramas que demonstram a distribuição dos diferentes elementos analisados. Essa característica possibilita a identificação de alguns parâmetros antes impossíveis de serem avaliados ou que eram analisados subjetivamente, com a visualização do esfregaço em lâmina.

Fonte: vetlaboratório.com.br